O Efeito Bomba: Tarifas Que Transformam Problemas em Catastróficas Explosões!
Tarifa Alta: O Caminho para o Caos!
O Fiasco dos Anúncios de Ford
Quando a Verdade Vira Mentira!
Na última semana, o premiado do Ontário, Doug Ford, decidiu colocar a mão no bolso e lançar uma campanha publicitária de ridículos 75 milhões de dólares, utilizando palavras do próprio Ronald Reagan. Sim, isso mesmo! Em um show de hipocrisia, Ford resolveu citar Reagan em uma época em que a realidade econômica está mais complicada do que muito filme de ficção científica! “Altas tarifas inevitavelmente levam à retaliação por países estrangeiros e à ativação de guerras comerciais ferozes", ouviu-se! E quem pensou que isso iria passar batido? Desejo de chamar atenção ou pura falta de juízo?
A reação foi explosiva! O ex-presidente Trump, em um ataque de raiva, chamou a campanha de "fraudulenta" e jogou uma bomba de tarifas de 10% sobre produtos canadenses. Para completar, a Fundação Ronald Reagan se manifestou, afirmando que o anúncio distorceu os reais pensamentos do ex-presidente. Mas, surpresa! Ambos têm razão! E é exatamente isso que torna essa bagunça uma lição e tanto sobre as consequências inesperadas das ações desesperadas do governo.
A Realidade do Arrependimento
Reagan, pegue leve! Ele até impôs tarifas, mas foi uma história bem diferente. Em 1987, seu governo decidiu taxar semicondutores japoneses após as violações de um acordo de antidumping. E não esqueçamos das famosas tarifas sobre motocicletas, um verdadeiro tapa na cara da concorrência! Contudo, a grande questão que todos se esquecem: a famosa "tarifa" sobre os carros japoneses não era uma tarifa de verdade!
Em 1981, Reagan forçou o Japão a entrar em um “Acordo de Limitação Voluntária de Exportação” (VER) onde eles "fingiram" limitar as exportações para a casa dos 1,68 milhões de carros por ano. Sim, você ouviu certo! Um acordo que mais pareceu um "gentleman’s agreement", onde um mafioso te faz "oferecer uma proposta" ou ver sua cabeça a prêmio.
Esse VER foi um "salva-vidas" para as montadoras americanas. Mas, e aí? O que elas fizeram com essa chance?
O Efeito Balão: O Que Aconteceu?
Aqui é onde a história fica ainda mais insana! Quando se pressiona um balão em um lugar, ele estoura em outro! O VER fez o seu trabalho de diminuir as importações japonesas, mas espremendo os preços! Prepare-se, porque isso é só o começo! Durante os anos de 1986 a 1990, o preço dos carros japoneses disparou em cerca de $1.200 por veículo. Isso é um aumento de 14%! Resultado? Os consumidores americanos pagaram uma bolada de $8,9 bilhões a mais somente nos quatro primeiros anos do VER. E adivinha? Cerca de $334 mil por emprego “salvo” na indústria automobilística! Alguém aí acha vantajoso?
E como se isso não fosse o bastante, as montadoras americanas, protegidas pelas suas tarifas, decidiram se acomodar e também aumentaram os preços em 1%! Ah, a famosa zona de conforto! Sem concorrência, as montadoras se deixaram levar pelo marasmo. Enquanto os fabricantes japoneses buscavam qualidade a todo custo, Detroit estava lá, contando notas e se achando no topo do mundo.
A proteção que deveria trazer melhorias acabou se tornando um retrocesso! Durante a década de 80, o abismo de qualidade entre os carros japoneses e americanos só aumentou. Os carros do Japão ainda exigiam menos reparos e a confiabilidade despencou. Um verdadeiro desastre que prova: competição gera inovação, e não o contrário!
E os Efeitos Continuam…
E não para por aí! O VER ainda tinha uma cláusula dizendo que os carros fabricados nos EUA estavam fora dos limites de exportação. Isso gerou um incentivo claro para os fabricantes japoneses erguerem fábricas nos Estados Unidos. Honda, Nissan, Toyota e mais uma lista de montadoras, já estavam com planos em andamento! Até aí, tudo bem, certo? Mais empregos para os americanos? Quase!
O problema surge quando esses "novos empregos" trazem consigo práticas de gestão japonesas e uma concorrência aterrorizante para Detroit. As montadoras americanas, que estavam apenas tentando se proteger, agora se depararam com rivais de primeira linha dentro de suas próprias fronteiras!
Enquanto isso, os fabricantes japoneses expandiram operações em outros lugares, criaram redes de fornecedores e, em breve, estavam competindo no cenário global. E quem diria que o verdadeiro tubarão no mercado seria a Coreia do Sul? Fabricantes como Hyundai e Kia entraram na festa bem no meio do VER. O resultado: eles capturaram um mercado que os americanos simplesmente abandonaram! As tarifas de Ford não reduziram a competição; mudaram apenas de país de origem!
Por Que Essa História se Repete?
O problema fundamental é que as tarifas são ferramentas brutas implementadas em sistemas complexos e interconectados. As cadeias de suprimento modernas não respeitam fronteiras! Um carro montado na América pode conter peças do México, eletrônicos da China e afins. Quando se impõe uma tarifa sobre as importações, não se está apenas atingindo o produto final, mas cada elo a partir disso.
Empresas como a Cummins, que importa partes da China para usar em fábricas americanas, agora enfrentam tarifas em seus próprios componentes. E quando os EUA impuseram tarifas sobre a China, o resultado foram tarifas sobre produtos agrícolas americanos! Isso machucou quem nada tinha a ver com o conflito comercial original. A interconexão significa que as ações para proteger uma indústria ferem outras.
Como diz o economista-chefe da OMC, as tarifas são alavancas de política com consequências abrangentes e muitas vezes inesperadas. Isso cria incertezas que trazem um impacto negativo na economia, mesmo antes das tarifas serem implementadas. Empresas adiavam investimentos e não conseguiam planejar, uma verdadeira bagunça!
O Custo Real da Irresponsabilidade
Claro, não sou ingênuo! Há momentos em que é necessário intervir no comércio. O fato é que países como a China realmente abusam do sistema. Quando seus custos de manufatura são menores porque ignoram padrões ambientais ou direitos trabalhistas, a competição não é justa. Portanto, precisamos sim agir!
O ponto é que as tarifas são um martelo quando precisamos de um bisturi. As tarifas nos semicondutores foram específicas e direcionadas, mas mesmo assim, repletas de armadilhas e riscos. O que realmente precisamos são acordos negociados que tratem as causas dos problemas.
Se o problema é o aço subsidiado pela China, o que não precisamos é de tarifas em tudo, de semicondutores a tênis! Precisamos estabelecer normas básicas por meio de acordos internacionais, não lançar guerras comerciais sem sentido!
Proteger o que não pode ser protegido só traz consequências desastrosas. Os consumidores pagam mais, não há progressos e surgem concorrentes indesejados. E, pior ainda, indústrias se acomodam esperando que governo faça tudo por elas!
O anúncio de Ford está certo: tarifas elevadas levam à retaliação e gerações de guerras comerciais! A Fundação Reagan também acertou: tarifas foram de fato impostas! Mas a verdadeira lição dessas experiências é: quando tentamos resolver problemas complexos com soluções simples, estamos apenas criando novos problemas ainda piores!




















































































































































